sábado, 13 de outubro de 2012

Abraços, beijos... amor.

   Estava pensando nessa gente toda que passa a vida procurando por algo que nem eles mesmos sabem o que é. Todos, inclusive eu, costumamos dizer que é amor a coisa procurada. Que estamos sempre a postos no escuro munidos de uma lanterna procurando pelo outro com uma lanterna procurando por nós. Acho um exagero essa procura por amor e essa busca por lanterna.
   Os pessimistas não encontram o amor porque são pessimistas. Nunca se acham merecedores do tal sentimento nobre e bla bla bla. Já os otimistas se entregam e se acham imbatíveis quando o outro, aquele o amor, está por perto. E os momentos duram para sempre e a felicidade dura junto.
   Mas isso é para eles que já encontraram ou talvez desperdiçaram a presença do amor. Nem sempre é fácil perceber ele chegando, às vezes é tímido demais, amigo demais, outras vezes é declarado demais, amante demais. Mas é claro, existem sinais que ajudam a revelar o interesse de amar. Nem sempre dão certo porque a espécie humana tem medo, sobretudo do não. Todos temos medo de nos enganar, de entender tudo errado. Esperamos sempre pelo sim.
   Em alguns casos, para alguns sinais, você deseja guardar a sete chaves um momento, não por ser de um amor, mas porque aquele momento foi a epifania da sua vida e aquela doçura pode jamais se repetir. Aquele abraço que tentou recuperar tudo de bom que tinham vivido. Era a despedida implorando para ficar mais um pouco ou quem sabe até que o  mundo acabasse. O abraço que conservou todo aquele mistério do primeiro encontro, tentando conservar também aquela cena transformada em pintura posta na parede para que jamais deixasse de ser vista e que nunca pudesse ser esquecida. E esse era o desejo que saltava peito afora dos dois, tanto que os corpos se fizeram em tremor e o coração disparado sabia para qual destino havia de disparar, o colo do outro.
   Em momentos como esse, você tem a sensação de que parou no tempo e que o espaço a volta perdeu a vida. E só existe o abraço, os olhos cerrados levando o pensamento para bem longe dalí, talvez fosse a carona que tanto precisavam para encontrar de vez o amor e dessa vez sem lanterna. Estava claro e os dois enxergaram o amor se aproximar.
   Às vezes só é preciso dar a chance do amor se aproximar e abrir bem os olhos para não deixar de sentir nenhum sintoma da doença amor. É também tentar se curar dessa doença todos os dias, utilizando dos antídotos mais fortes e poderosos. Não se cura do amor, se vive com ele e o alimenta para continuar se alimentando de vida. Só se prolonga a vida enquanto ele existe e se prolonga com beijos, sorrisos, abraços e se prolonga até perder a noção da hora e se perde a cabeça, se perde as roupas. Se perde nessa busca de felicidade depois que encontra o amor.
   E não há mais escuridão, não é mais necessário lanterna, não existe mais pessimismo e otimismo quando o amor chega, porque ele chega alterando tudo e mostrando que veio para ficar e se instaurar nos corações que sempre lutaram para ser alvo do sentimento santo. E a vida passa a ser mais bonita, cheia de cores e em 3D, a melhor imagem congelada para durar, depois derreter e congelar de novo, transformando em infinito o ciclo de amar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Poema do outro

Pensei no que escreveria como descrição para esse poema, mas ainda não descobri como fazê-lo.. Às vezes parece tão simples, por ser um poema simples, falando de algo tão simples, talvez tenha sido essa simplicidade que me levou a escrever dessa maneira e expressar, de forma simples, a simplicidade dos sentimentos e das relações humanas. Digo apenas que foi simples e puro o momento de me criar humana para permitir minha relação com você. Que a nossa relação humana esteja apenas começando e mereça completar muitos anos de vida. Que tudo tenha sido entendido. Simples assim!
 
Você me pediu um poema
mas não disse se era de amor
Vou falar do seu sorriso
que muito me encantou
É sorriso de gente séria
de gente que sabe o que quer
É o sorriso mais bonito
aos olhos de uma mulher
Posso falar do seu humor
que mexeu com a minha alegria
Se esse poema não fosse para você
Para quem mais seria?
E quando suas mãos cismaram de me tocar
você viu minha reação
Fiquei sem voz para falar
quente feito um vulcão
Ainda teve aquela hora
em que você falou no meu ouvido
Nem sei quais foram as palavras
se eu te amo, eu duvido
Mas de que mesmo é esse poema
você só disse que queria
Nos seus olhos descobri
o que eu ainda não sabia
Lembrar de tudo para fazer verso
me deixou com uma saudade
mas hoje eu não conto
vou ficar só na vontade.