segunda-feira, 25 de junho de 2012

"Chegou a dizê-lo com os olhos"

   Há tempos venho buscando escrever algo que pulasse para fora do coração. Tentei diversas vezes, mas só conseguia escrever as coisas de sempre, dizendo o de sempre e comungando muito pouco com a minha verdade, ou seja, a verdade do meu momento. Por mais que eu começasse a escrever alguma coisa por algum motivo, eu me perdia em outras mil coisas somadas a outros mil motivos. Hoje não! Hoje tive apenas um motivo e não fugi dele e nem quero. Parece até que ele continua a rondar meus pensamentos querendo muito mais de mim. Ele terá, com certeza!
   Após escrever, li repetidas vezes tentando dar sentindo e completar o sentido das cenas que rodavam na minha cabeça. Pensei em muitas coisas, dentre elas, pensei em Gal, na verdade, pensei ouví-la sussurrar no meu ouvido Simples Carinho e ela fez isso várias vezes.
"Se o sonho acabou, não sei, meu amor
Nem quero saber
Só sei que ontem à noite
Sorrindo acordada
Sonhei com você"
  Enfim, não existe nada mais verdadeiro que expressar o sentimento de amor. Seja pelo amor, seja pela arte. Apresento então minha expressão pelos dois.

Olhos fechados para ver você
Há tanto tempo que sonho com seus olhos
Sonho em lhe encontrar
e poder me entregar de olhos bem abertos
para poder acreditar que é mesmo você
que sempre esteve nos meus sonhos...

Quero olhar cada pedaço de você
e tocar meus olhos
Para saber que não estou sonhando.

Seus olhos nos meus,
suas mãos nas minhas,
E eu nunca mais lhe perco de vista
nunca mais me perco de você
Nunca mais deixo você se perder.

Agora, vou fechar os olhos
para ver você me olhando
para ver você sorrindo.
Vou fechar os olhos para sonhar com você.


                                            Vou dormir. Boa noite amor!

Amor enfim esquecido

   O amor tem muitos mistérios ou ele pensa ter muitos. A paixão só é grande quando acaba, só se morre de amores quando o amor já está morto. Só se pensa no que se pode fazer depois que já fez tudo errado.
   Há um tempo atrás, conheci um rapaz e me apaixonei, um namoro precoce. Éramos apenas duas crianças brincando de se apaixonar. O fato é que o namoro durou um mês e o meu amor, acho que ainda cresce.
   Após amá-lo essa vez, o amei por tantas outras e por muitos outros dias e dias seguidos. Declarei esse amor também, mas acho que ele já havia amadurecido o suficiente para parar de brincar de se apaixonar por mim.
   Namorei outras vezes, me apaixonei por outras pessoas, mas sempre que uma ou outra coisa acabava, tinha vontade de amá-lo outra vez. E o amava. Também só o amava porque amava de longe, pois eu não saberia amá-lo de tão perto.
   O não saber se pode dar certo que me faz amá-lo tanto e também o saber que só o quero meu distante de mim. Saber que quando ele está por perto, até repulsa eu sinto. Fico com raiva de mim por ter desperdiçado tanto tempo e tanto amor. Ele nunca mereceu!
   Mas basta vê-lo, ouvir sua voz, tê-lo por pouco tempo tão perto para confabular a mais insistente história de amor. Mas isso é um desejo meu, pois eu quis conhecê-lo e depois disso nunca mais o esqueci. Só acho que se eu o conhecesse mesmo, saberia amá-lo, saberia ter o seu amor.
   Engraçado, mas eu sempre sei o que ele vai me responder, ou eu o conheço muito ou ele é bastante previsível. Acho que é isso!
   Nem me importo com esse amor, o que me incomoda mesmo é o querer estar com ele. Sinto que sou uma descontrolada, ele nunca mais me quis e isso só aumenta minha vontade de ser dele. Às vezes penso que tudo poderia ser diferente se eu não tivesse me apaixonado tanto ou se o namoro tivesse realmente acontecido.
   O não acontecer me esgota de vontade de acontecer e eu não sei mais engabelar esse desejo. Eu também ja estou insistindo que aconteça. Estou gritando mesmo! Mas o mundo real me afasta quanto pode esse capricho e desestimula quanto pode esse amor.
   Não acredito que ainda possa tê-lo novamente. E, acho que ele já sofreu demais para me amar de novo ou será que me amou demais para sofrer de novo. Nem sei mais, mas ele sabe o que é melhor para ele. Talvez seja me ter bem longe, melhor que ele nem me tenha.

sábado, 23 de junho de 2012

Contento-me com pouco amor

   Fazia tempo que não sentia o salgado gosto de minhas lágrimas, não por andar muito feliz é que não tinha alguém que me fizesse sofrer. É verdade que continuo sem alguém; sem alguém exclusivamente e, como não sei viver uma amor compartilhado, me recolho ao saber da exclusividade que meu amor oferece a outros amores.
   Não sei que mal fez para me encantar por ele, nem se ele é mau ou me faz mal. Sei que ele parece desorientado na vida, nas escolhas e em sua coleção de amores. Mas, todas as vezes que ele se perde, tenta se achar em mim, em toda exclusividade que compartilhou comigo. Isso parece lindo, ser o ponto onde ele se encontra. Só que hoje para mim isso já parece muito pouco e nada atraente. - Olha o meu senso de exclusividade gritando!- Hoje estou querendo um pouco mais dele e muito dele só para mim.
   Ele diz que exclusividade se conquista com o tempo, mas penso que tempo não é justificativa para não se tornar exclusivo. Ele vive me dizendo que me ama e que eu preciso dar tempo ao tempo, só que eu nem sei se tenho mais tempo e talvez nem queira mais que ele me queira. Não sei controlar o tempo o que tenho para dar é meu exclusivo amor. Também não sei controlar o amor por isso o tornei exclusivo para alguém que só o comunga compartilhando.
   Andei pensando e acho que nosso problema não é de tempo, de compartilhamento, nem de exclusividade, talvez também não seja de amor, mas com certeza tem algum parentesco com prioridade. Na verdade na falta dela. É acho que o problema deve mesmo ser esse. Priorizei dedicar-me a uma pessoa que não queria meus encantos, meus carinhos, ou seja, escolhi a pessoa errada. Já ele priorizou cativar olhares, amores, sem jamais se bastar ao único. Talvez ele que estivesse certo fazendo isso! Nunca se aborrecer por amor, nunca se contentar com pouco amor. Pouco a pouco a diversidade em que ele se entregou se transformou no mais único amor.
   Não posso jamais culpá-lo por não amar ou por não me amar. Ele me amou também e de um jeito único o qual não quero que me amem novamente. Sou meio careta e prefiro tudo à moda antiga! Um amor exclusivo nos carinhos, nas atenções e é claro no amor.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A falta do amor

Que amor poderá me achar
mesmo sozinho, sorrindo
no momento em que o amor está longe?

Que amor poderá me sorrir,
mesmo de longe, alegrias
no momento em que o amor está sozinho?

Que amor poderá me tocar
silenciosamente diante de tantos olhares
despertando invejosos desejos de amor?

Que amor poderá me tocar
no silêncio arrancando gritos
despertando invejosos desejos de paixão?

Que amor poderá me amar
sem comigo querer dividir os dias
diminuindo a duração dos meus sorrisos?
 
Que amor poderá comigo?
Que amor poderá me amar?
Acho que nenhum amor.

Capitu

Falsa ideia de sempre condenar Capitu, falsa ideia de sempre duvidar de seu amor por Bentinho. Falsa ideia das mulheres do mundo se negarem Capitu, quando na verdade todas possuem os encantos, os olhares, os desejos, as dissimulações dela. Todas querem ser Capitu, no fundo desejam ser fortemente encantadoras, fortemente fortes, desejam ser protagonistas fortes. Todas já se cansaram da fragilidade feminina que é sempre imposta. Querem ser Capitu, porque talvez Capitu seja o produto final de um somatório de tudo o que as mulheres sonham ser. Eu diria que, Capitu é a mulher completa.

Posso ser sua menina
Posso ser o que você quiser
A gente pode namorar no quintal
ou de ponta cabeça
Posso ser a chuva para que voce floresça
Posso inventar mil meios
para lhe deixar perto de mim
Posso dar para você um lindo jardim
Posso ser ressaca e também mansidão
Posso com meus olhos nunca mais lhe dar um não
Posso dissimulada simular meu amor
Ser Capitu sua mais linda flor.