sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Todo eu era sentimento de paixão

Nunca escrevi algo desse tipo. Sempre são os poemas de sempre, falando de amor e distribuindo mel a todos os lados. Hoje resolvi ser um pouco menos romântica e muito mais realista, resolvi falar sobre o amor carnal que na medida em que vai sendo consumido vai se transformando em amor sentimental. Pode ser influência de algumas coisas que tenho lido e também que tenho visto na vida, mas isso pouco importa. Só importa que continuo a falar de amor sempre na esperança de um dia vê-lo chegar até mim e me tomar e me levar para ser inteiramente amada, carnal e sentimentalmente. Esperança de ser engolida, que o outro ingula todos os meus movimentos e todas as minhas palavras e que transforme essa mistura de mim na vida que ele sempre sonhou e quis viver. Que ele deseje também ser devorado por mim e que essa troca de alimento, alimente a razão que não me permita viver sem o amor do meu outro.Que eu não possa viver sem amor.


É pele, é corpo, é alma
É minha desilusão fora de casa
É você quem arromba minha porta
A qualquer hora para me ter
É imenso o meu desejo por você

Quero amor no seu amor
E a satisfação
No prazer mesmo com dor
sinto paixão
Suas mãos em volta do meu corpo
calam minha voz
Só com gemidos e respirações
E estamos sós
Depois do amor, bem cansado 
você descansa
Cai num sono bem profundo feito criança
E eu te olho satisfeita de amor

É pele, é corpo, é alma
É minha paixão dentro de casa
É você quem tem a chave da minha porta
E a qualquer hora entra para me ter
É imenso o meu amor por você.

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