sábado, 23 de junho de 2012

Contento-me com pouco amor

   Fazia tempo que não sentia o salgado gosto de minhas lágrimas, não por andar muito feliz é que não tinha alguém que me fizesse sofrer. É verdade que continuo sem alguém; sem alguém exclusivamente e, como não sei viver uma amor compartilhado, me recolho ao saber da exclusividade que meu amor oferece a outros amores.
   Não sei que mal fez para me encantar por ele, nem se ele é mau ou me faz mal. Sei que ele parece desorientado na vida, nas escolhas e em sua coleção de amores. Mas, todas as vezes que ele se perde, tenta se achar em mim, em toda exclusividade que compartilhou comigo. Isso parece lindo, ser o ponto onde ele se encontra. Só que hoje para mim isso já parece muito pouco e nada atraente. - Olha o meu senso de exclusividade gritando!- Hoje estou querendo um pouco mais dele e muito dele só para mim.
   Ele diz que exclusividade se conquista com o tempo, mas penso que tempo não é justificativa para não se tornar exclusivo. Ele vive me dizendo que me ama e que eu preciso dar tempo ao tempo, só que eu nem sei se tenho mais tempo e talvez nem queira mais que ele me queira. Não sei controlar o tempo o que tenho para dar é meu exclusivo amor. Também não sei controlar o amor por isso o tornei exclusivo para alguém que só o comunga compartilhando.
   Andei pensando e acho que nosso problema não é de tempo, de compartilhamento, nem de exclusividade, talvez também não seja de amor, mas com certeza tem algum parentesco com prioridade. Na verdade na falta dela. É acho que o problema deve mesmo ser esse. Priorizei dedicar-me a uma pessoa que não queria meus encantos, meus carinhos, ou seja, escolhi a pessoa errada. Já ele priorizou cativar olhares, amores, sem jamais se bastar ao único. Talvez ele que estivesse certo fazendo isso! Nunca se aborrecer por amor, nunca se contentar com pouco amor. Pouco a pouco a diversidade em que ele se entregou se transformou no mais único amor.
   Não posso jamais culpá-lo por não amar ou por não me amar. Ele me amou também e de um jeito único o qual não quero que me amem novamente. Sou meio careta e prefiro tudo à moda antiga! Um amor exclusivo nos carinhos, nas atenções e é claro no amor.

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